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Fora do Baralho

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25.06.22

Sumérios – A sua origem.


Barroca

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Um dos grandes mistérios da arqueologia é a origem dos Sumérios. Não é um assunto que faça perder o sono mas a coisa é irritante porque este povo, segundo a historiografia oficial, não apenas foi o berço de todas as civilizações modernas, como também introduziu uma série impressionante de novidades.

Ao que parece os Sumérios inventaram:

1 - a roda

2 - a roda de oleiro

3 - a escrita

4 - a primeira visão heliocêntrica (a Terra que orbita em volta do Sol e não o contrário)

5 - um sistema de cálculo baseado nos dígitos 6 e 10

6 - o dia dividido em 24 horas

7 - a hora dividida em 60 minutos

8 - o calendário de 12 meses

9 - as escolas

10 - os tribunais

11 - as prisões

12 - a carroça

13 - as formações militares

14 - a cerveja

15 - o tijolo

 

É possível discutir acerca do facto dos Sumérios terem efetivamente inventado tudo isso, pois provavelmente muitas das novidades foram progressos obtidos durante o Neolítico por outras comunidades: mas foram os Sumérios que conseguiram aperfeiçoa-las e torna-las de uso generalizado. Sumérios que, nos tempos livres, tiveram também o tempo para domesticar espécies animais e seleccionar plantas para o consumo humano.

 

Praticamente: um povo de génios. Dos quais não sabemos donde raio saíram.

 

Investigações linguísticas e filológicas de textos antigos (as sagas sumérias, a Torá, etc.) revelaram um parentesco entre os termos Shumer-Shinar (sumério) e Shem-Sem (semita). Problema: os Sumérios não chamavam a si próprios “Sumérios” pois este termo é na realidade o nome dado aos antigos habitantes da Mesopotâmia pelos seus sucessores, o povo semítico acadiano. Os Sumérios chamavam-se a si próprios ùĝ saĝ gíg ga, literalmente “o povo de cabeça preta” e a sua terra Ki-en-gir, “terra dos senhores civilizados” ou, segundo alguns autores, “terra da língua civilizada”. A palavra acádia “Suméria” utilizada para a terra dos Sumérios pode representar o mesmo conceito, mas não é certo.

 

Outra indicação de que os Sumérios poderiam ter sido um povo semítico reside na Bíblia, precisamente no Pentatéuco, no qual, para além da menção da região de Shinar (quase certamente a terra da Suméria) nunca fala-se dos Sumérios.

 

Eis o que o já conhecido Mauro Biglino escreve:

 

«Na chamada Mesa das Nações (Gen 10) estão listados os povos que viveram nos territórios do Médio Oriente e mais além (egípcios, assírios, babilónios, cananeus, filisteus, huritus, hititas, etíopes, amoritas, acádios, cipriotas, rodos, tarsis, ophir…), mas não há Sumérios. Como foi possível esquecer as pessoas das quais o Antigo Testamento extraiu a maior parte do seu conteúdo original? Será este um incompreensível e imperdoável esquecimento?

 

O sumériologo Kramer leva-nos de volta aos estudos do seu professor Poebel recolhidos num artigo no qual afirma basicamente que os hebreus são os descendentes dos Sumérios. A Bíblia não os menciona explicitamente porque, quando fala dos hebreus, está na realidade a falar de um ramo que descende directamente do povo que trouxe a civilização para o mundo. Os Sumérios eram, portanto, semitas? Vamos tentar responder com a ajuda da própria Bíblia. Sabemos (Gen 10, 21, etc.) que Shem (Sem), o filho de Noé, teve vários filhos dos quais descendem populações que a história conhece muito bem: Ashur, Elam, Aram… De um destes filhos descende Eber (Ever), o progenitor dos hebreus”.»

 

Os académicos notaram que as formas Shumer-Sumer e Shum-Shem são foneticamente equivalentes: a estas observações deve acrescentar-se que os Sumérios se tinham estabelecido na Mesopotâmia, a terra natal do patriarca Avram (Abraão, que nasceu em Ur, uma das mais antigas cidades do planeta, fundada pelos Sumérios, ver Gen 15:7 e 24:10), filho de Ever e com cujo filho Isaac continuou a linhagem geneticamente pura. Os costumes matrimoniais seguidos por Abraão, Isaac e Jacob correspondiam aos costumes endogâmicos dos Sumérios. Segundo os estudos de Kramer, Poebel, Biglino e outros, portanto, os antepassados dos patriarcas hebreus deixaram o Éden e instalaram-se na terra de Shin’ar, a antiga Suméria… Isso explicaria a falta dos Sumérios na Mesa das Nações: os hebreus não citam os Sumérios porque os Sumérios são eles mesmos.

 

Tudo isso tem implicações que podem reflectir-se até hoje: haverá ainda nos nossos dias uma linha genética que, gabando-se de uma ascendência dos Dingir primordiais (os Superiores, os “deuses”), actua nos bastidores da história para desvia-la e condiciona-la?

 

Pode ser, mas há um problema em nada secundário: as línguas semíticas mostram uma considerável descontinuidade com a língua suméria, cujo idioma era aglutinativo.

 

Uma língua aglutinativa é um tipo de idioma cuja morfologia emprega principalmente a aglutinação e isto significa que as palavras são constituídas por várias “raízes” (os morfemas) que determinam o seu significado; tais raízes permanecem inalteradas após serem unidas. Além disso, cada morfema transmite um único significado.

 

Nisto, a aglutinação difere das das línguas flexivas onde, ao juntar as raízes, estas sofrem várias modificações até tornar-se irreconhecíveis (além disso, um único morfema pode acrescentar mais do que um significado).

 

Dito por outras palavras: trocar duma língua aglutinativa com uma flexiva significa mudar radicalmente a forma como é construído o idioma. E se este pode parecer um aspecto não tão importante, será bom lembrar que por aqui falamos o Português, cuja estrutura de base deriva directamente do Latim falado há 2.000 anos: durante este período não apenas Portugueses, Espanhóis, Franceses, Italianos nunca mudaram a base histórica das suas línguas modernas, como até espalharam os idiomas derivados pelo mundo fora; hoje os idiomas neolatinos diferem em muitos aspectos do Latim original, mas o tipo de construção de base permaneceu intacta. Isso porque os povos não mudam a maneira de construir a sua própria língua.

 

Eis o problema: o sumério era uma língua aglutinativa, o hebraico era (e ainda é) flexiva.

 

Como é possível explicar esta discrepância? Na verdade não se explica: mesmo passados séculos, no hebraico bíblico (e até naquele da actualidade) deveria haver pelo menos uma eco do antigo idioma. Mas não há e até foi (eventualmente ) trocada uma língua aglutinativa por uma flexiva.

 

Única possibilidade seria admitir que o povo hebreu misturou-se com outro grupo étnico (ou com mais do que um) capaz de impor um novo idioma de tipo semítico. E esta parece a hipótese eventualmente mais provável: os Sumérios foram absorvidos pela nascente potência de Babilónia (constituída por semíticos) e o idioma sumério desapareceu; portanto, se os hebraicos forem efectivamente os descendentes dos Sumérios, tiveram que misturar-se aos Acádicos novos senhores da Mesopotâmia.

 

Pode ser? Em teoria sim: Abraão (do qual tradicionalmente descende todo o povo hebraico) deixou Ur perto do ano de 2000 a.C., altura em que a cidade encontrava-se rodeada pelos Acádicos de Babilónia, pelo que o patriarca tinha contacto com o idioma dos invasores (Ur terá caído pouco depois da altura em que Abraão deixou a cidade). Uma vez chegado em Canaan, pode simplesmente ter decidido adoptar o idioma local.

 

Todavia, quanto afirmado até agora não resolve a questão principal: donde chegaram os Sumérios?

 

Indícios podem sugerir que cerca de 4000 a.C., os Sumérios viviam nas montanhas ao norte da Mesopotâmia (as montanhas de Zagros), no planalto iraniano, perto da actual fronteira com a Turquia. Por volta de 3500 a.C., os Sumérios teriam descido das montanhas para ocupar a Mesopotâmia inferior, na confluência dos rios Tigre e Eufrates. Outros pesquisadores têm procurado semelhanças entre a língua suméria, os antigos dialectos turcos e as línguas indochinesas, mas apesar dos esforços a origem dos sumérios permanece incerta: aquela suméria é uma língua isolada, ou seja, não está relacionada com nenhum outro idioma conhecido.

 

Uma recente análise genética (2013) de quatro antigas amostras de DNA esquelético da Mesopotâmia sugere uma associação dos Sumérios com a Civilização do Vale do Indo, possivelmente como resultado das antigas relações Indo-Mesopotâmia: de acordo com estes dados, os Sumérios inham a mais remota origem no Cáucaso, terra natal de todos os indo-europeus (hipótese Kurgan).

 

A ideia duma conexão entre Sumérios e indo-europeus do ramo indiano é reforçada pelas tradições sumérias, segundo as quais o povo tinha chegado do mar: faz sentido pensando numa entrada no Golfo Pérsico após ter deixado as costas perto do rio Indo e seguido o litoral meridional do Irão. O arqueólogo Juris Zarins acredita que os Sumérios viveram ao longo da costa da Arábia Oriental, actual região do Golfo Pérsico, antes desta ter sido inundada no final da Idade do Gelo: o que explicaria também por qual razão os Sumérios viam na actual região do Qatar uma espécie de “paraíso perdido”.

Voltando atrás, como vimos as investigações genéticas aproximam os Sumérios aos indo-europeus originários duma área bem específica: mais uma vez, encontramos aquela zona apontada como provável sede do Éden (baseado no que diz a Bíblia), o Norte do Irão, não longe da fronteira com a Turquia. Foi a partir do Norte desta zona (pouco além da cadeia do Cáucaso) que os indo-europeus partiram para ocupar a Europa; foi no Sul desta região que também é possível encontrar o mais antigo exemplo de templo em pedra, em Göbekli Tepe (11.600 a.C., no mínimo). E agora sabemos que foi aí que teve origem o povo que deu origem à moderna ideia de civilização; isso enquanto, no Vale do rio Indo, outro ramo indo-europeu dava origem a outra “moderna” sociedade (a Civilização do Vale do Indo) que, segundos o mais recentes estudos, até poderia ser anterior àquela da Mesopotâmia.

 

Mesmo sem assumir como correctas as teorias de Mauro Biglino (Éden como laboratório de engenharia genética com sucessivo aperfeiçoamento do Homo sapiens), não podemos negar que aquela área parece ter sido o palco de algo “importante” na historia da evolução humana, um ou mais eventos que imprimiram uma nova direcção ao rumo da nossa espécie.

 

Mas ainda estamos longe de desvendar o cerne da questão.

25.06.22

Digital divide.


Barroca

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O nome é digital divide e significa “barreira digital”. É uma linha divisória ideal entre as pessoas que acedem regularmente à informação na Internet (a informação digital) e as que não o fazem.

Uma rápida vista de olho nas páginas de Wikipedia permite perceber como aí o fenómeno seja apresentado e tratado dum ponto de vista mais técnico e económico: na versão portuguesa, por exemplo, fala-se: da criação de pontos de acesso à Internet em comunidades carentes (favelas, cortiços, ocupações, assentamentos) e capacitação (treinamento) de usuários de ferramentas digitais (computadores, DVDs, vídeo digital, som digital, telefonia móvel).

As comunidades carentes, os mais pobres e pessoas com uma posição económica desprivilegiada são excluídas digitalmente, pois não tem acesso à tecnologia.

Tudo correcto, mas não é suficiente:

É importante ressaltar que a literatura tem apontado que as desigualdades relativas às formas de acesso à comunicação digital são de diversas naturezas. Em outras palavras, é preciso compreender tal fenómeno como algo que vai além da mera falta de acesso a computadores.

Exacto. O problema não é apenas poder ou não aceder à internet. O que está em causa não é apenas poder apresentar o nosso curriculum online, descarregar um novo programa, facilitar as transações comerciais. A “brecha digital” (outro sinónimo de digital divide) não existe apenas entre “quem tem internet” e quem “não tem internet”: existe também entre as camadas de cidadãos que têm acesso ao meio informático.

Desde o início da internet, esta diferença começou a ser notada pois os “não utilizadores” continuavam a receber informação de um único ponto de vista, o institucional; isso enquanto os utilizadores da internet descobriam que muitas questões importantes também podiam ser vistas de pontos de vista diversos, com uma completa mudança de sentido.

Aqueles que veem a televisão ou leem a imprensa podem ouvir uma única voz, uma espécie de coro que relata os acontecimentos sempre da mesma forma. Aqueles que entram online têm acesso a uma multidão de versões, teorias, “provas” e “testemunhos”.

A diferença? Enorme: os segundos podem tirar as suas próprias conclusões, os primeiros raramente conseguem afastar-se do caminho indicado. É uma questão de instrumentos.

Na realidade, a multiplicidade de pontos de vista é apenas a primeira das vantagens oferecidas pela revolução da internet: a verdadeira diferença começa a fazer-se sentir quando o utilizador começa a explorar esta multiplicidade de pontos de vista para construir novos objectos de informação, que não existiam antes, nos quais pode basear os próximos passos da sua pesquisa. Vamos fazer um exemplo.

Ao aprofundar a guerra do Kosovo na internet não é difícil compreender que a “intervenção humanitária” foi uma operação planeada e orquestrada pelos Países ocidentais para se livrarem, de uma vez por todas, do obstáculo da Sérvia. Agora um salto temporal, até a guerra na Líbia: simples perceber que os mesmos Países ocidentais utilizaram uma táctica muito semelhante para se livrarem de outro obstáculo, o Coronel Kaddafi.

Então, no futuro, ouvir o termo “intervenção humanitária” fará tocar uma campainha de alarme e será mais fácil observar novos acontecimentos e entender o que estar a passar-se.

Por outras palavras, a análise separada das diferentes situações históricas leva não só a compreender melhor cada uma delas, mas também a assimilar um novo conceito (neste caso a de operações de falsa bandeira ou false flag) que antes não era reconhecido.

Mas enquanto isso, o telespectador ou o leitor do diário permaneceu preso no Nível 1: do acontecimento continua a ver apenas a fachada, aquela mostrada pelos media institucionais. Kosovo e Líbia continuam a ser considerados como acontecimentos distintos, tais como os meios de comunicação social institucionais mostram. E da próxima operação false flag provavelmente só será vista uma outra fachada, desligada dos acontecimentos anteriores. Desta forma, torna-se extremamente difícil compreender o verdadeiro significado de cada evento, como nem sequer haverá a capacidade de os ligar uns aos outros.

Por outro lado, aqueles que aprendem a aproveitar ao máximo internet procedem de forma cada vez mais ágil e rápida, e desenvolvem os seus conhecimentos não só expandindo-a horizontalmente, mas também acrescentando novas camadas verticalmente. E quanto mais alto sobem, paradoxalmente, mais fácil se torna adquirir novos conhecimentos e chegar a novas conclusões.

Como entender algo num oceano de notícias confusas e contraditórias? Quantos, vice-versa, ficam com os canais “institucionais” que não dão trabalho ao cerebrinho? É exactamente o mesmo problema que encontramos na internet num computador ou num smartphone: o digital divide continua, desta vez com o comando na mão.

O que inicialmente parecia ser uma simples barreira que separava dois grupos de pessoas, está agora a tornar-se um verdadeiro abismo. Não é preciso aumentar as velocidades da internet até o 5G. É preciso aprender a utilizar o que já temos antes do próximo passo. São necessários projectos de educação digital que permitam a todos os cidadãos, independentemente do seu nível de educação, adquirir os conhecimentos necessários para poderem navegar na internet de forma independente, segura e informada. Este é progresso.

25.06.22

O Senhor fez então uma profecia:


Barroca

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O Senhor tinha começado como técnico informático, apresentando aos povos da Terra um sistema operativo que de vez em quando encrava com uma tela azul, é o alvo preferido de todos os piratas informático do planeta e cuja característica principal parece aquela de espreitar entre os dados privados dos clientes. Decidiu chama-lo Windows, “Janelas”, porque estava convencido de que qualquer utilizador, após um máximo de 15 minutos, teria atirado pela janela fora aquele coiso. Mas o Senhor sobrestimava a inteligência do Homem e a sua capacidade de resistência perante o sofrimento.

 

Entendida a estupidez da espécie, o Senhor dedicou-se a espalhar pelo mundo fora uma ampla gama de vacinas das quais ele nada entende (sempre técnico informático é) mas que fazem felizes as hostes dos anjos dele, muito menos os vacinados. A coisa parecia correr bem até a chegada da satânica variante da “pandemia”, a Omicron. E este foi um duro golpe.

 

O Senhor fez então uma profecia: “A pandemia vai acabar no próximo ano”. Acertou, como é óbvio, mas ficou triste e, participando numa liturgia em Munich, os fieis viram ao vivo as suas lágrimas de dor:

 

Infelizmente, o próprio vírus, particularmente a variante chamada Omicron, é um tipo de vacinas, cria imunidade tanto às células B como às células T e fez um melhor trabalho de chegar à população mundial do que o que temos com as vacinas.

 

Isso mesmo: “infelizmente” disse o Senhor. Porque o Senhor conhece o Mal e sabe que a melhor das armas só pode ser a vacina que as hostes de anjos produzem. O Senhor é bom, terrivelmente bom, e queria ter conseguido vacinar o planeta todo ainda antes do vírus fazer o seu natural trabalho de imunização.

 

O pensamento do Senhor foi até a África: então explicou que já todos ficaram com os anticorpos naturais, aqueles malignos, e que a obra de evangelização aí acabou. A magoa é muita: “infelizmente”, continuou, por causa da Omicron a produção de vacinas excede em muito a procura, há demasiadas doses salvíficas que já ninguém quer.

 

A propósito, o vídeo no qual expressa toda a tristeza é este aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=6VnXTLv2YOo

 

Mas o Senhor sabe que a luta entre Bem e Mal é eterna, feita de avanços e recuos. O que o Bem perde numa frente, ganha na outra.

 

Então eis que o agente do Diabo, Jean-Luc Brunel, preso por violação em Dezembro de 2020, libertado da prisão em Novembro de 2021 e colocado novamente na cela alguns dias mais tarde, não resistiu à vergonha e foi encontrado enforcado a 19 de Fevereiro na prisão de Santé, em Paris.

 

Brunel deveria ter testemunhado no caso do Lolita Express, ou seja, o avião que as forças do Bem utilizavam para elevar-se acima da miséria humana e aproximar-se do Céu. Pois o Senhor de vez em quando (27 vezes) gostava de descansar nesta Arca voadora para contemplar o Sua obra a partir das nuvens.

 

O Maligno sabia disso e enviava os seus agentes corruptos para quebrar a perfeita harmonia com luxuriosas e tentadoras raparigas, na verdade bruxas más preparadas nas missas negras pelo demónio Jeffrey Epstein e pela satânica Guislane Maxwell. Mas o Maligno é o Mal e o Mal é estúpido: não é possível quebrar a superior harmonia do Céu, vigiado e defendido pelas hostes dos anjos (entre os quais lembramos: Donald Trump, Bill Clinton, Kevin Spacey, Chris Tucker, o Principe Andrew, Robert F. Kennedy Jr., o Senador John Glenn, Alec Baldwin, Courtney Love, Naomi Campbell….). Assim, o demónio Jeffrey Epstein ficou abalado perante a vista da infinita bondade divina e preferiu enforcar-se também no Centro Correcional Metropolitano de New York.

 

Antes Epstein, agora Brunel: dois emissários do Mal, dois enforcamentos. Porque a luta entre Bem e Mal é eterna, mas no fim o Bem triunfa. Sempre.

23.06.22

Quem ganha com o aumento do combustível?


Barroca

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Os preços da gasolina e do gasóleo não param de aumentar. Malditas empresas petrolíferas que exploram a conjuntura geopolítica internacional para sacar o dinheiro dos cidadãos e realizar lucros fabulosos! Ahi, guerra desgraçada que empobrece todos com a excepção de quem vende petróleo! Ahi… ahi?

 

Esperem um segundo: as empresas petrolíferas são um bando de criminosos e acerca disso não há muito mais para dizer, longe de mim a ideia de gastar uma só palavra para defende-las. Mas acerca dos preços dos combustíveis: temos a certeza de que seja toda culpa da guerra?

Combustíveis em Portugal

 

Vamos ver como é composto o preço dum litro de gasolina em Portugal segundo quanto relata a DECO:

 

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Duas simples contas.

 

Cotação e transporte incidem 31% sobre o preço final. Acrescentamos um 3.2% por causa do biocombustível que é incorporado e outro 0.30% porque alguém tem que descarregar o carburante e guarda-lo antes que seja vendido. Depois há um 10.10% que é quanto ganham a petrolífera e o distribuidor (a bomba).

Pelo que temos: 31% + 3.2% + 0.30% + 10.10% = 44.6%

Estes são os custos “vivos”, por assim dizer. Para chegar ao preço final (100%) falta 55.4%. Não é pouco: é mais de metade. Que nasce desta forma:

36.70% é o ISP, Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos.

16.40% é o IVA sobre o preço.

2.30% é o IVA sobre a margem de comercialização.

Portanto, mais de metade do preço dum litro de gasolina é composto por impostos. Que acabam nos bolsos de quem? Das petrolíferas? Não. Das bombas? Não. São os bolsos do Estado.

Resumindo: sim, está a guerra, há as petrolíferas que querem lucrar, há a escassez (onde?), mas o Estado tem o papel principal nos absurdos preços praticados ao consumidor. Por incrível que pareça, e ao contrário do que é nós contado, as margens de lucro das empresas petrolíferas incidem de forma residual no que pagamos. A maior fatia do bolo vai para os cofres do Estado.

Temos que amaldiçoar as empresas petrolíferas? Sim, sempre: é a primeira coisa que qualquer pessoa tem fazer ao levantar-se de manhã, mesmo antes do café. Mas imediatamente a seguir é obrigatório um pensamento dedicado ao nosso Estado que espreme os seus cidadãos como limões, sem um pingo de vergonha e atirando as responsabilidades para outros.

E antes de pegar nas chaves de casa, um último pensamento: quem é que vota e continua a eleger estes agiotas que entre nós chamamos simpaticamente de “representantes do povo”? Muito bem, agora podem sair de casa.

Para acabar, vamos esquecer os impostos sobre os carburantes para perguntar: quem decide qual o preço do barril de petróleo? Não de cada litro de gasolina ou gasóleo, mas directamente do barril.

É importante? É. Porque na realidade o preço dos combustíveis não depende do custo de um barril de petróleo, mas dos preços definidos por uma agência privada como sede em Londres e cujo nome é S&P Global Commodity Insights, Platts para os amigos. Na Platts operam os principais fundos de investimento do mundo, começando por Barclays Global Investors, Goldman Sachs Asset Management, Vanguard Group, Deutsche Asset Management Americas, Barclays, Global Investor…

Estes fundos definem o preço dos combustíveis todos os dias, através de autênticas apostas sobre os movimentos das cotações, não através dos custos de extracção, transporte e armazenamento. Por outras palavras, o petróleo bruto ou o gás aumentam 10%? O preço ao consumidor poderia aumentar apenas de 10%, mas se a Platts “aposta” numa futura crise, com relativos aumentos de 30 ou 40%, é isso que pagaremos desde já.

As divertidas “apostas” da Platts determinam os preços de petróleo, electricidade, gás natural, carvão, energia nuclear, refinação petroquímica, benzeno, metanol, ouro, alumínio… na prática: tudo.

Algo muito curioso: quando as “apostas” da Platts forem descendentes, os preços não baixam com a mesma rapidez. A razão deste fenómeno é um mistério.

Como vimos, a Platts determina também o preço do gás. Os preços de extracção e transporte podem ter aumentado (todos querem uma fatia do bolo) , mas não há escassez, pelo menos não há ainda. Todavia o preço do gás disparou. Porquê será?

23.06.22

As consequências da guerra no Líbano.


Barroca

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Em Outubro de 2019, milhões de libaneses exasperados foram para as ruas exigindo uma mudança da classe política que está no poder há décadas. Um sistema de poder corrupto, fechado, que tem sido transmitido de geração em geração desde antes da guerra civil (1975-90) ligado sobretudo à filiação político-religiosa. Desde 2019, as contas bloqueadas foram praticamente esgotadas pela desvalorização da moeda local: o Dólar, a moeda oficial à qual a Lira libanesa está indexada a uma taxa formal de 1507.05 Liras por cada Dólar, está agora a 24/25 mil no mercado negro. E nos últimos meses tinha atingido 34 mil.

História triste aquela do Líbano, País que, apesar dos períodos de instabilidade política e religiosa (os seis milhões de habitantes dividem-se entre um 56% de cristão e 44 % de muçulmanos), tinha alcançado uma assinalável prosperidade económica na décadas dos ’70, ganhando o título de “Suíça do Médio Oriente”. Era altura do Presidente Fu’ad Shihab, o homem que tinha conseguido o “milagre” dum precário equilíbrio religioso unido a um forte crescimento dos negócios.

Milagre” que desmoronou em 1975, quando as forças muçulmanas provocaram uma insurreição que precipitou o País numa guerra civil da qual ainda hoje não recuperou. Na verdade, o problema do Líbano tem um nome: israel. O incómodo vizinho não quer um Líbano forte e deixou isso claro em 1978, com a Operação Litani, e ainda mais em 1982, com a Operação Paz na Galileia, com as quais invadiu o País (pelo que, camuflar as invasões como “operações” não é uma novidade dos dias de hoje). A partir daí, o Líbano nunca mais foi o que tinha sido. E não voltará a sê-lo até israle existir.

A dolarização da economia e a estrutura neoliberal implementada um País que produz apenas 20% das suas necessidades primárias e secundárias, levou a classe média e os que não têm acesso ao Dólar em ruína.

Preços altíssimos, uma total ausência de controlo e especulação desenfreada. 74% da população vive na pobreza. Se tivermos também em conta o acesso à saúde, educação e serviços públicos, a percentagem sobe para 82%, o dobro dos 42% em 2019. mas isso foi antes da guerra na Ucrânia.

Uma situação dramática ainda agravada pela guerra na Ucrânia: o Líbano depende em 60% da Rússia e da Ucrânia para a importação de trigo e óleo de sementes, como acontece também nos casos de o Egipto e a Tunísia e de todo o Médio Oriente mais no geral.

Trigo e, portanto, pão com um forte valor simbólico. A explosão no porto a 4 de Agosto de 2020 (mais de 200 vítimas, 7.000 feridos e 300.000 deslocados) destruiu os maiores silos de cereais do País, onde foram armazenadas 2.750 toneladas de nitrato de amónio.

As reservas de cereais, de acordo com o Ministro da Economia, deveriam estar a esgotar-se. E o preço do pão já subiu. Tal como o preço do petróleo, ao qual está ancorado um dos problemas mais graves e estruturais do País, a electricidade, que é produzida quase inteiramente com gasóleo, bem como o transporte, que é inteiramente rodoviário. A gasolina subiu para mais de 500.000 Liras por galão, um custo recorde para o Líbano.

Apenas 2-3 horas por dia de electricidade pública, o resto é deixado aos produtores privados, a quem os libaneses normalmente chamam “mafiosos”. São eles que têm geradores espalhados por todo o lado e que fazem enormes lucros com a ineficiência pública, deixando o País sem electricidade durante 10-12 horas diariamente.

A crise ucraniana terá também um efeito nas relações entre Rússia, Irão, Síria e Hezbollah: e aqui o cenário, que envolve o poder atómico israelita no seu confronto histórico com o Irão, torna-se outro elemento potencial de crise planetária.

Dramático é o relato de Julien Ricour-Brasseur no diário L’Orient-Le Jour que descreve uma “pobreza multidimensional” e a alma comercial libanesa estrangulada que deixa espaço apenas para os cambistas de dinheiro. Depois da Lira libanesa ter perdido mais de 90% do seu valor desde o início da crise e de terem sido impostas restrições bancárias às contas em moeda estrangeira, os cambistas tornaram-se interlocutores indispensáveis para os libaneses, fazendo malabarismos entre a Lira e o Dólar.

Da “Suíça do Médio Oriente” nada sobrou: os políticos libaneses estimam as perdas do sector financeiro em “60 mil milhões de Euros”. Este foi quanto declarado aos responsáveis do Fundo Monetário Internacional com o qual, em Abril de 2020, o governo concordou um plano de reforma económica para baixar o rácio da Dívida em relação ao PIB em troca dum empréstimo-ponte de 10 mil milhões de Euros.

Porque não chegava israel, era preciso o FMI também. Este apelou à reforma do sector bancário, ao congelamento das contratações no sector público e, obviamente, ao aumento dos impostos. A receita mágica que tanta felicidade espalhou pelo mundo fora.

22.06.22

A GUERRA NA UCRÂNIA E O BATALHÃO AZOV


Barroca

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Desde fevereiro de 2022, quando a operação russa na Ucrânia começou, a mídia ocidental chamou de “invasão”. Enquadrada como “guerra” tornou-se, como todas as guerras, uma violação dos direitos humanos. No entanto, poderia ter sido entendido como uma operação para pôr fim aos abusos perpetrados pelo exército ucraniano contra ucranianos orientais de raízes russas em Donbas.

 

Se o Ocidente tivesse feito tal coisa, teria sido chamado de “missão humanitária”. O termo, cunhado pelos EUA, obviamente não deve ser usado por ninguém além de nós; é exclusivo de nossos esforços armados para derrubar governos que não gostamos mais substituí-los por “amigáveis” que sustentariam “nosso tipo de democracia”. Fizemos isso em Kosovo, em resposta ao que foi chamado de “limpeza étnica”, e ao fazê-lo destruímos a Jugoslávia. Usamos desculpas no Iraque (e em muitos outros lugares) onde um bandido, anteriormente nosso amigo e cliente, Saddam Hussein, se transformou em “mal”. Saddam Hussein foi capturado, considerado culpado de crimes contra a humanidade e enforcado em 30 de dezembro de 2006 diante das câmaras. Nós o assistimos na TV. Foi o início de operações e guerras semelhantes. Mas para a Rússia pensar que pode ousar virar a mesa contra nós, fazer uma operação militar própria para “prevenir genocídio ou crimes contra a humanidade” e sair impune. Não, não pode ser; é um oxímoro, uma contradição impensável.

 

ESSE PUTIN!

 

Pode se tornar confuso quando outros começam a chamar suas intervenções humanitárias, feitas para proteger ou preservar a vida das pessoas do seu lado. É um desafio para nós também porque “nosso povo” precisa ser capaz de separar facilmente os bons dos maus, o nosso lado do outro.

 

O bem e o mal não podem ser misturados e os outros são sempre maus e precisam ser “consertados”. O contexto histórico muitas vezes também precisa ser apagado, pode aumentar o desafio e queremos ser capazes de entender o que está acontecendo sem ler além dos 2 a 5 minutos de leitura da mídia online.

 

Então, e se não houver história e pensarmos que o mundo nasceu “como é” no presente, neste caso em 24 de fevereiro com os russos cruzando a linha na Ucrânia . Confie em nossa Mídia e em nossos Políticos. Fica mais fácil com o passar do tempo, pois não nos lembramos mais de como eles deturparam a realidade ou mentiram para nós ao longo dos anos. Ajuda que vivamos em uma forma conveniente de amnésia, uma bolha não muito diferente de outras bolhas que nos cercam, para nunca sermos beliscadas por nenhuma agulha de verdade (ou dúvida) sem correr o risco de caos e histeria. Somos crianças, precisamos ser protegidos da verdade, feia e suja como muitas vezes é e geralmente bastante complicada. Preferimos o simples!

 

IGNORAR O FASCISMO NA UCRÂNIA TORNOU-SE UMA OBRIGAÇÃO.

 

Eu sabia disso, então tentei contar aos meus amigos, mas consegui “silêncio”. Inicialmente, acreditei que o silêncio deles era concordância, até mesmo respeito pela minha perspectiva mais “informada”. Mais tarde percebi que o silêncio era apenas isso, o fim da conversa, um sinal de mudança de assunto. No entanto, se você quer a verdade sobre o Batalhão Azov, Stepan Bandera, ucranianos-nazistas colaborando com alemães-nazistas durante a Segunda Guerra Mundial - até mesmo administrando campos de concentração para o Terceiro Reich, você pode encontrá-la: nem todo mundo está em silêncio. Na verdade, você pode aprender sobre como os bandidos que cometeram crimes contra a humanidade durante a Segunda Guerra Mundial se tornaram “mocinhos” depois, basta ler Evan Reif. E se você é canadense, ou mora no Canadá, e quer saber mais sobre as conexões governamentais com o Batalhão Azov na Ucrânia, você pode aprender mais lendo Sonja Van den Ende.

 

Em 2014, o Euro-Maidan, uma espécie de revolução colorida elogiada pelo Ocidente, forçou Viktor Yanukovitch, então presidente da Ucrânia, a deixar seu país. Também levou à decisão do governo autónomo de Donbas, às conversas sobre a separação da Ucrânia e os acordos de Minsk (1 e 2). Em 2014, o próprio Yanukovitch disse à imprensa que foi forçado a sair por ameaças contra sua vida e sua família.

 

“O poder foi tomado por nacionalistas, jovens fascistas que são a minoria absoluta da Ucrânia.” Ele culpou as “políticas irresponsáveis” do Ocidente pela crise no país e disse que “terror e caos” agora prevalecem na Ucrânia. “Este é o resultado das políticas irresponsáveis do Ocidente, que apoiavam o Maidan.” Referindo-se à praça em Kiev, onde ocorreram manifestações anti-governamentais nos últimos três meses, ele disse que a ilegalidade e o caos se seguiram a um acordo que ele assinou com seus oponentes na sexta-feira passada, intermediado pela União Europeia e destinado a encerrar três meses de crise. . Ele foi “obrigado a deixar” a Ucrânia depois de receber ameaças à sua segurança, (ele) pediu desculpas “ao povo ucraniano” por não ter tido mais força para suportar a situação.

 

Os ataques ao Donbas começaram logo após o Euro-Maidan e continuaram por 8 anos durante as negociações de Minsk, incluindo ambas as partes ucranianas, França, Alemanha e Rússia.

 

Em 2022, ataques no Donbas mataram milhares e a região foi cercada pelo exército ucraniano. Depois de Yanukovitch, Petro Poroshenko tornou-se presidente na Ucrânia representando a Ucrânia nas negociações de Minsk. Os russos o acusaram de negociar de má fé. Em 2019, Volodymyr Zelenskyy chegou ao poder na Ucrânia - eleito em uma plataforma para restaurar a paz no Donbas e implementar o acordo de Minsk. Sua posição mudou uma vez no poder. É possível que ele não pudesse fazer muito para trazer a paz. O Exército ucraniano havia assimilado a agenda política da NATO e a ideologia do Batalhão Azov até então. Donbas não deveria ter permissão para se auto-governar ou deixar a Ucrânia e a independência da Crimeia estava em questão.

 

A Ucrânia conseguiu manter a estabilidade interna apesar da diversidade cultural e superou sua história de fascismo; o Ocidente ressuscitou a ideologia fascista através do Euro-Maidan para seus próprios fins. Havoc foi criado para favorecer não o interesse da Ucrânia, mas os interesses da UE e dos EUA, e para enriquecer as corporações globais. Rede social, senso de comunidade foram colocados em risco, as pessoas ficaram inseguras enquanto enfrentavam o aumento da violência. Ucranianos do Ocidente contra ucranianos do Oriente. A UE foi implacável, ignorou todos os riscos. Assim, a UE não pode alegar ignorância, negar responsabilidade; o governo russo expressou repetidamente preocupações de segurança por 8 anos em Minsk; a UE não ouviu.

 

Na Espanha, o fascismo surgiu para acabar com a República Espanhola, que havia sido eleita livremente para buscar uma sociedade mais justa. O fascismo foi responsável por uma guerra civil que matou centenas de milhares de pessoas e acabou impondo o regime de Franco (de 1939 a 1975), um regime fascista mais duradouro que da Itália fascista ou da Alemanha nazista. Após a Primeira Guerra Mundial, uma Alemanha endividada sem saída também favoreceu uma ideologia de ódio. Os nazistas perseguiram pessoas de esquerda, judeus e ciganos, homossexuais e qualquer pessoa considerada diferente, até mesmo crianças com deficiência. Feriu-os, explorou-os ou matou-os, mandando-os para campos de concentração e trabalho escravo. O fascismo e uma economia de guerra precipitaram a Segunda Guerra Mundial, atacando até mesmo aqueles que se fizeram de cegos.

 

Na América Latina, o fascismo foi muitas vezes imposto por meio de golpes militares, muitas vezes para acabar com projetos focados em alcançar direitos económicos e sociais básicos e uma verdadeira democratização. Incitar o ódio não é tão difícil quando as pessoas são privadas das necessidades e direitos humanos básicos; e quando poder, medo e propaganda trabalham juntos para impor ideologias de ódio. A Europa pode permitir a cegueira para sua própria história ou permitir que uma guerra por procuração dos EUA contra a Rússia usando a Ucrânia continue? A ameaça não se limita à Ucrânia, nem mesmo à Europa, pode se tornar um confronto nuclear e ameaçar o mundo inteiro. A paz é a única opção, mas as negociações são negadas ou ignoradas. Mentiras e propaganda obscurecem a realidade enquanto continuamos caminhando cegamente em direção a um evento de confronto maior e mais letal.

21.06.22

O apocalipse programado, pactos implícitos, a nova desordem mundial e o despertar do homem.


Barroca

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O pior inimigo do conhecimento não é a ignorância, mas a ilusão do conhecimento”.

 

Esta frase proferida pelo físico teórico e cosmólogo britânico Stephen Hawking nos remete a dimensão da importância de estabelecermos parâmetros claros na busca pelo verdadeiro conhecimento e nos aponta para novas perspectivas que nos libertem da ilusão de o confinarmos em limites estreitos e limitados por nossos preconceitos, adestramentos mentais, malabarismos verbais e teorias superficiais que servem a um sistema de alienação generalizada, hipnose coletiva, que estão conduzindo, a passos largos, as sociedades humanas para sua extinção.

 

Na verdade o que o homem comum não iniciado nos mistérios insondáveis do Universo sabe ou pensa saber sobre o cenário mundial, regional e local? Neste intrincado e complexo caleidoscópio da existência social e individual, o homo profanus transforma toda a experiência subtil ou densa, sensorial ou até extrassensorial em um legado meramente fisiológico, pragmático, materialista e imediatista e, consequentemente, hedonista. Trata-se de usufruir o máximo de prazeres sensoriais , que na cosmovisão taoista do Tao Te Ching conduz à morte prematura pelo desperdício da energia vital e espiritual.

 

O que vemos na atualidade é uma convergência de forças trevosas agindo diuturnamente na consecução de seus desideratos, no cumprimento de uma agenda global, para a aniquilação da Terra como a conhecemos. Seguindo as pistas deixadas pelos acontecimentos mundiais recentes, mesmo não sendo um expert em política internacional, uma sirene dispara em nossas almas e corações, alertando-nos de que algo muito grave está em curso, num ritmo acelerado (por quem?) para que o desfecho possa beneficiar um plano que nada tem de divino, mas antes de extremamente diabólico, e está sendo urdido desde a aurora dos tempos e, agora, de forma mais célere, dadas as circunstância cósmicas , ocultas ao vulgo, mas muito claras para seus artífices. Um movimento apocalíptico que toma boleia nas conjunções siderais e é amplificado artificialmente para servir a seus obscuros desideratos. Como diria Balzac “uma história de loucos contada a outros loucos...”.

 

Surge então a pergunta que se impõe: neste tumultuado cenário: a quem de facto você serve, de que lado você realmente está? Aí entra, algumas vezes, o ego condescendente, que sussurra ao íntimo: bem, sou uma pessoa boa, religiosa, cumpridora de meus deveres , bom marido (ou esposa), etc. mas nesta batalha do Armagedon de que lado realmente você está? Não estaria a ilusão do conhecimento, empanando a verdadeira realidade dos factos? Você de facto está buscando o Santo Graal da transcendência, a libertação do planeta deste jugo macabro . A que pactos implícitos você de facto serve?

 

Cristo, em determinada passagem bíblica, lamenta o estado daquele que é morno, que não se posiciona, que “não é quente nem frio”. Precisamos nos armar do verdadeiro conhecimento e iniciação interna e espiritual, e como novos cavalheiros da luz empunharmos a Espada como poder que toma partido de forma resoluta e inabalável para destruir o mal e preservar a justiça , como servidora das forças da Luz e da Ordem enfrentando a obscuridade e o caos, representando o resgate do espírito épico da existência, da honra, do valor, do poder , da verdade, retidão e equilíbrio. A Nova Ordem somente fará jus a esta investidura se tomar a si a missão redentora de salvação do Orbe do cativeiro espiritual a que está submetido. Em um mundo regido por leis duais, o mal existe de forma concreta , e não somente como referência metafórica e tem obrado de forma aterrorizante no mundo atual: destruição programada do ambiente natural, redução dos mananciais hídricos, extinção de espécies animais e vegetais, guerras e conflitos manipulados pelo governo oculto das sombras, doenças (muitas manipuladas e criadas artificialmente pelo biotecnologia) , transformação da espécie humana em um híbrido tecnológico, catástrofes (que aparentam em alguns casos ser naturais mas são criadas pela engenharia do clima), crises económicas forjadas nos bastidores.

 

Todo este caos orquestrado pelos agentes das sombras é assistido com perplexidade, medo e mesmo indiferença pelo homo profanus, pelo chamado cidadão comum. Aquele a quem o filósofo ítalo- argentino José Ingenieros , autor da obra O Homem Medíocre, afirmava que produzia uma confabulação de zeros contra a unidade existencial. Investem-se somas fabulosas para distrair e formar uma legião de medíocres entre as grandes massas humanas, visando tirar o foco da importância do cultivo das forças superiores do espírito, das potências ocultas da alma , do verdadeiro conhecimento que leva ao descortinar de uma ciência viva, livre e compromissada com a evolução humana, que poderia estar anos–luz à frente , mas que nos é sonegada pelos agentes do caos , relegando-nos ao atraso, ao subdesenvolvimento intelectual, ao entorpecimento dos sentidos transcendentes , permitindo acesso somente à sucata tecnológica pela obsolescência planeada à atual espécie humana. Atentem para o facto que AQUILO QUE NOS DISTRAI NOS DESTRÓI.

 

Cabe ao aspirante a estados superiores de existência também assumir sua responsabilidade neste cenário caótico e clamar das mais recônditas profundezas de seu ser pelo renascer de Gaia, da Grande Mãe Terra Primordial e para isso são necessários SACRO-OFÍCIOS (não confundir com sacrifícios). O Sacro-Ofício é o cumprimento inexorável da Missão Sagrada de salvar o planeta das garras das forças do caos, e não deve confundir-se jamais com a simples expressão sensorial de dor e sofrimento, do arrastar de correntes das lamentações e imprecações do homo profanus . Para este embate apocalíptico, o aspirante deve munir-se das armas superiores de um espírito nobre, de um corpo hígido e bem treinado, para não transformar o confronto em simples bravata do ego, e de um hercúleo preparo mental, psicológico e espiritual, que proporcionem o arsenal indispensável para o enfrentamento com estas forças do caos, da desordem , da entropia e da degeneração humana, que não serão dissuadidas de seus macabros intentos somente através de discursos bem intencionados, mas deverão, inexoravelmente, confrontar-se com forças titânicas que possam minar sua acção, cortar seus tentáculos e conexões e reduzir-lhe a influência sobre o panorama atual.

 

Os mesmos criadores do caos, da desestruturação e derrocada mundiais, simultaneamente instruem seus bem treinados agentes para apresentarem ideias e projetos para mitigar estes males, dentre eles o da Governança Mundial, conforme expresso, em 2008, por Jacques Attali, que foi conselheiro dos ex-presidentes da França François Mitterrand e Nicolas Sarkozy, discorreu, por meio de videoconferência, nas chamadas jornadas parlamentares, que “existe um mercado globalizado e um Estado de direito não globalizado e que a história mostra que os mercados não funcionam sem um Estado de direito”, defendendo a criação, com base em sua análise, de um Estado de direito mundial e sintetizou:

 

- "É preciso um direito mundial", mas que "não faz sentido o direito sem Estado" porque "não tem meios para ser aplicado".

 

"É preciso não uma governação mundial, mas um Governo mundial", acrescentou.

 

As palavras do ex-conselheiro presidencial mostram-se proféticas na medida em que, a cada dia, a soberania das nações são enfraquecidas, apostando em um caos programado que aponte como única saída a criação de um governo mundial único, que, sem espiritualidade, será apenas mais uma senzala tecnológica, escravagista, dominadora e a serviço do mal. Este governo mundial somente será legítimo, lastreado em acções a serviço do Bem, da Espiritualidade redentora, da Consciência Superior e dos Ideais defendidos pelos grandes Mestres da Humanidade.

 

Desculpem a redundância, mas em um mundo com tantas premências, é necessário priorizar as prioridades, e estas devem estar associadas a um estágio de maior evolução de consciência espiritual e de realização , desvinculando-se de simples cochilos devocionais ou acções débeis ou pusilânimes, que não mudam em nada o caótico cenário mundial da atualidade. Assim, precisamos desenvolver os atributos necessários e nossas potências psicoespirituais e mentais para aceleramos o advento da Idade de Ouro da Humanidade. É preciso que haja tempo para o que realmente importa : cultivarmos o jardim de nossa Mente e fazendo-o florescer de forma exuberante, substituindo para sempre o processo de desertificação material e espiritual que tomou conta de nossa sociedade.

21.06.22

lavagem cerebral


Barroca

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A lavagem cerebral é pior do que um presídio. Pois mesmo dentro da cela a pessoa ainda tem liberdade para raciocinar. Todavia, o prisioneiro de líderes manipuladores é prisioneiro de sí mesmo, pois este carrega consigo as chaves da libertação, mas se recusa a usá-las.

21.06.22

O homem que recusou saudar os nazis.


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A fotografia foi tirada na inauguração de um navio de guerra alemão. Em 1936, uma pequena multidão juntou-se em Hamburgo, mas na fotografia que imortalizou o momento, um homem destaca-se. Chamava-se August Landmesser e foi o único a não estender o braço para fazer a saudação nazi.

Foi preciso esperar até 1991 para o homem que negou a saudação aos nazis ser identificado. Só então uma das suas filhas disse tratar-se de Landmesser, um trabalhador do estaleiro de Hamburgo. E contou a sua história. Membro do partido nazi a partir de 1931 e até 1935, foi então expulso por ter casado com a judia Irma Eckler.

O casal teve duas filhas, Ingrid e Irene. E Landmesser acabou por ser detido por "desonrar a raça". Já a mulher, o El Mundo afirma que terá sido detida pela Gestapo em Hamburgo e separada das filhas.

Ingrid ficou a viver com a avó materna e Irene acabou adotada por uma família alemã.

Saído da prisão em 1941, em plena II Guerra Mundial, Landmesser foi enviado para a frente, mas acabou dado como desparecido e, mais tarde, como morto, revela agora o Washington Post.

A história da família foi contada em livro por Irene, agora volta a ser notícias graças à Internet.